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sexta-feira, 7 de março de 2014

Dia sete, um dia especial nessa vida especial.

 A velha foto do velho casal com o novo amor de sempre.

Hoje é nosso aniversário, amor, dia 7, esse é nosso dia há oito intensos meses. O tempo cronológico me incomoda, pois não traz na dimensão temporal a importância que deve ser dada às coisas, me surpreendo ao ver o quanto cresci nesse período ao seu lado, cresci e renasci, com um olhar novo, leve, sereno. Nosso tempo é diferente, aquele em que a saudade vem antes da despedida, nosso tempo não tem pausa, nem vírgula ou verso, somos o agora e o futuro, os sonhos de Otto e as viagens pelos lugares que descobrimos num mapa qualquer. Queria poder eternizar cada momento na memória, como deusa ou máquina, queria não esquecer como ser humano falho que sou, mas acredito que o mais importante a ser lembrado, você, com sua atenção, seu carinho, seu olhar que brilha quando me nota, me rememora a todo momento, o quanto é bom estar ao seu lado e como o meu sorriso com você é mais genuíno. Quando se trata de escrever para ou sobre você, as palavras se escondem - nós sempre temos medo daquilo que nos inspira - e você, amor, é a minha maior inspiração. Que a sua felicidade seja para sempre a minha e assim por diante. Falar que eu te amo já não é novidade, antes de ser sua, já tinha te roubado pra mim. Parabéns a nós, vida!



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Sábia coruja

Que a sábia coruja saiba
A hora de voar se finda
O dia logo amanhece
E a noite tarda a chegar

Ela conhece o tempo certo das coisas
Não ignora a importância da hora
Sabe que a vida é longa caminhada
E não se entrega ao longo da jornada

Seus olhos grandes sabem do futuro
Elas não temem nem o próprio escuro
Como os tão sábios humanos fazem

Adoraria ser uma coruja
Voar por entre as árvores
Ser ave, ser milagre
E viver mais do que me preocupar.


A escolha das palavras

E quando surge a vontade
Escrevo
Odeio escolher as palavras
Deixo que me escolham

Elas se aproximam
Se agrupam
Se encaixam
Nada faço por elas

Gosto de deixá-las à vontade
Aprendi com a vida a dar liberdade
Para não prender tudo que se aproxima

E acabar perdendo de vez 

Quero um título

Como já dizia Ira!
Meu sol tem 1,65
E sempre me aquece no frio

Tem olhos miúdos
E tão frágeis
Mas que me enxergam como ninguém 
E então preenchem meu vazio

Meu sol é branquinho
E todo cabeludo
Usa a barba pra mostrar maturidade
E esconder a face de menino

Quando ele se põe
Meu dia escurece
Meu sorriso se esconde
O meu chão se abre

Ansiosamente espero que ele volte logo
Os dias chuvosos me angustiam
Pois só ele consegue me iluminar

Espero que a próxima manhã venha
Pra que meu sol surja de novo
E volte logo a brilhar

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Como cuidar de mim

Ainda sou uma boba
Romântica até a última gota
Adoro ouvir ‘te amo’

Não sei viver sem beijos
Sem dar ou receber
Sou amante de abraços
Deles não abro mão

Ei, não se assuste comigo
Só preciso de abrigo
Dê-me sempre atenção

Não me deixe sem carinho
Sou frágil
Me abrigue no seu ninho

Me encaixo

Pra não mentir

Pra não mentir
Não sei escrever
Não que eu seja iletrada
Mas só sei juntar palavras
Sem intenção nem porquê

Mas me inspiro em você
E o pouco que escrevo
É porque lá no fundo
Dentro do meu mundo
Surgiu algo tão grande que não dá pra segurar

Você pode não entender
Mas de tudo isso o culpado é você

Que me trouxe alegria
Segurou minha mão

E me ensinou que as palavras não se encontram no dicionário
O sentido quem dá é o coração

Que eu não me perca de mim

Já não se fazem mais pessoas como antigamente
As pessoas sempre mudam
E isso não é de todo mal

Cada dia mais tenho medo
De que um dia não seja eu
Que todo mundo seja igual

Estranho se olhar no espelho
E ver que seu rosto é como o dos outros
Seu cabelo já não é do seu jeito
Você é como todo mundo
E todo mundo é como você

Queria meu nome escrito na minha testa
Talvez daqui a algum tempo
Não me reconheça no meu reflexo
Talvez não veja o que ainda sou
Ou quem sabe seja o que não posso ver